O nosso caminho ao longo da Rota Romântica.

Francoforte é a maior cidade do estado de Hessen e tem 700 000 habitantes. A história de Francoforte remonta aos tempos dos Celtas, que estabeleceram povoações junto ao rio Meno. Vieram então os Romanos, seguidos dos Alamanos e dos Francos.

Ao longo dos anos, Francoforte foi-se tornando um centro de comércio cada mais importante, o que permitiu o enriquecimento da cidade.

Hoje em dia, Francoforte é uma prestigiada cidade de feiras, sendo o palco de várias feiras internacionais, como o Salão Automóvel de Francoforte e a Feira do Livro de Francoforte.

É normal que a seguir aos trabalhadores venham os comerciantes e alguns bancos de Francoforte tiveram origem nos séculos XVI e XVII. Aliás, o fundador do Banco de Rothschild era originário de Francoforte.

Estas condições favoráveis permitiram a Francoforte tornar-se também um grande centro industrial, acolhendo principalmente grupos do setor químico, em especial a indústria das tintas, os grupos farmacêuticos e a indústria fotográfica e cinematográfica. Também a produção de equipamentos técnicos se instalou em Francoforte.

Goethe, o maior e mais famoso escritor alemão, nasceu aqui. Apesar de a casa onde nasceu ter sido destruída na Segunda Guerra Mundial, foi reconstruída e pode atualmente voltar a ser visitada.

A paisagem urbana medieval de Francoforte foi destruída por bombas na noite de 22-03- 1944.

A Igreja de São Paulo é também designada por berço da democracia dado que foi nela que se reuniu a primeira assembleia popular alemã. Entre 1562 e 1792, as coroações dos imperadores realizaram-se na catedral.

Junto à catedral, um pouco acima do rio Meno, podemos encontrar a Câmara Municipal, designada por “Römer”, bem como um quarteirão reconstruído com casas senhoriais do século XV.

Em Francoforte, poderá ver muita arquitetura moderna, como o teatro municipal, a Ópera, arranha-céus modernos e a Commerzbank Tower, com 279 m de altura.

Outra atração é o jardim zoológico de Francoforte, um dos mais fascinantes da Europa. Os amantes de arte apreciarão o Museu “Städel Kunst Institut” onde estão expostas pinturas do século XIV ao século XX.

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A Rota Romântica é a mais antiga rota de férias do mundo. Em 1900, foi mencionada pela primeira vez como sendo o “Itinerário de Férias Alemão Número Um”. Após a Segunda Guerra Mundial, o terror nazi e a consequente destruição da reputação da Alemanha, os presidentes das Câmaras de Würzburgo, Rothenburg, Augsburgo e Füssen

pensaram naquilo que se poderia fazer para restaurar o prestígio e a reputação da Alemanha. Na altura, todos estavam plenamente convencidos de que uma parte da Alemanha situada entre o rio Meno e os Alpes parecia um conto de fadas, mas que este nome instituído a nível nacional já não era adequado. A Rota ressurgiu em janeiro de 1950, com o novo nome de Rota Romântica. Desde o primeiro dia, esta Rota pertencente ao setor americano da Alemanha dividida e situada entre os aeroportos internacionais de Francoforte e Munique, tornou-se o cartão de visita de um país novo e em paz, a Good Old Germany.

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Estamos a passar por Aschaffenburg, cidade com cerca de 68 000 habitantes. O emblema da cidade é o castelo “Johannisburg”, um dos primeiros edifícios do Renascimento da Alemanha, construído entre 1605 e 1614. Podemos reconhecer o castelo pelas quatro torres de ângulo e pelo grés vermelho. No castelo encontra-se uma parte da coleção de pintura do estado da Baviera.

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Em todas as paragens podem ser adquiridos alimentos e bebidas para consumo imediato ou para levar.

É bom saber: No autocarro é possível obter bebidas sem álcool, bem como vinho e cerveja, produzidos na "Romantische Straße". Na Alemanha é habitual e permitido consumir bebidas alcoólicas, durante uma viagem de comboio e no autocarro.

Na Alemanha petisca-se uma refeição rápida pelo caminho, uma vez que de manhã se toma um bom pequeno-almoço e à noite se faz uma boa refeição. Incluem-se por exemplo:

- "Pretzel" de manteiga: "Laugengebäck" fresco, com uma camada fina de manteiga

- Palitos salgados: Pãezinhos de farinha de trigo salgados com forma alongada, com ou sem manteiga; também podem ser recheados

- Pão com salsicha ou queijo: Produtos de pastelaria com farinha de trigo que podem ser recheados a gosto com produtos do talho ou do supermercado (opcionalmente carne de porco, vaca ou peru)

- Pão com queijo de carne: o clássico na Alemanha para uma refeição ligeira. Pãezinhos de farinha de trigo com "queijo de carne" quente ou frio (carne de porco), com mostarda a gosto

- Pão com "Bratwurst": em Franken é obrigatório comer um pão com "Bratwurst" grelhada, cozinha nacional de Franken (carne de porco)

- "Schneeballen": Uma especialidade doce de Franken, massa quebrada cozinhada em bastante gordura, originalmente pulverizado com açúcar refinado ou em pó

- Produtos de pastelaria doce: Em todas as padarias encontra-se disponível uma grande variedade de produtos de pastelaria

Informações relativas às paragens

O autocarro "Romantische Straße" é um autocarro Hop On – Hop Off. A viagem pode ser interrompida as vezes que pretender, apenas deve informar o motorista para este efetuar o registo no bilhete!

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Estamos a atravessar o Spessart, uma das maiores florestas da Alemanha, cuja flora inclui principalmente faias e carvalhos. Esta floresta já aparecia na Canção dos Nibelungos, com o nome de “floresta dos pica-paus”.

A rota do comércio entre Francoforte e Roma, bem como a rota postal entre Paris e Praga, inaugurada em 1665 pelos príncipes de Thurn e Taxis passavam pelo Spessart. Foi aqui que a histórica estalagem “Wirtshaus im Spessart”, descrita por Wilhelm Hauff como um antro de ladrões existiu, tendo desaparecido no início dos anos 60 para dar lugar à nova autoestrada. No mesmo local encontra-se agora a área de serviço de Spessart. Atualmente, o Spessart é uma reserva natural e uma popular zona de caminhadas.

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Estamos a chegar a Würzburgo, a capital do estado da Baixa Francónia.

Würzburgo tem hoje em dia cerca de 125 000 habitantes e recebeu, já em 1973, o título de “Cidade da Europa”. Würzburgo está geminada com várias cidades europeias e não europeias, nomeadamente Otsu no Japão, Rochester/Nova Iorque, Salamanca e Caen.

No século VII, Würzburgo era uma cidade pertencente ao ducado da Francónia. Chegaram então três monges irlandoescoceses, Kilian, Kolonat e Totnan, que trouxeram o cristianismo para a Francónia. Os monges foram assassinados em 689, mas em 706, a

Igreja de Santa Maria foi inaugurada no monte “Marienberg” e em 742, o primeiro bispo foi coroado por São Bonifácio. Foi então que também começaram as peregrinações aos túmulos dos três monges que, entretanto, tinham sido declarados como santos mártires.

Em 1168, o imperador Frederico I Barbarossa nomeou os bispos de Würzburgo duques da Francónia. Os bispos tornaram-se assim os senhores seculares e eclesiásticos das redondezas, ou seja, “príncipes-bispos”.

Duas celebridades viveram e trabalharam em Würzburgo: Tilman Riemenschneider (1460-1531), escultor. Mudou-se para Würzburgo aos 18 anos. Casou quatro vezes ao todo, casamentos estes que estiveram na origem do seu património. Riemenschneider foi conselheiro municipal e prefeito da cidade. Em 1525, durante a Revolta dos Camponeses, combateu ao lado dos camponeses contra os governadores das terras. Após a vitória do príncipe-bispo, foi capturado e torturado, deixando então de receber novas encomendas.

Por sua vez, Balthasar Neumann, foi um dos arquitetos mais importantes da época barroca. Chegou a Würzburgo como artesão de fundição de sinos. Após a entrada na artilharia do príncipe-bispo, aprendeu o “ofício da arquitetura”. Entre as suas principais obras contam-se, nomeadamente, a Residência de Würzburgo e a igreja de peregrinação de Santa Maria designada por “Käppele”.

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Temos à nossa frente a cidade velha de Würzburgo. Daqui temos uma linda vista sobre a silhueta da cidade, com as suas inúmeras torres. Um dos emblemas da cidade, a antiga ponte sobre o rio Meno, é uma das mais antigas pontes de pedra da Alemanha, e esta decorada com 12 grandes estátuas de santos do século XVIII.

Na Casa de Röntgen, Wilhelm Conrad Röntgen descobriu, em 1885, os raios que posteriormente viriam a ser batizados com o seu nome.

A Fortaleza de Marienberg e a igreja de peregrinação Käppele dominam os vinhedos.

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Vamos agora parar na Residência de Würzburgo para uma breve pausa fotográfica.

A residência foi construída no século XVIII por Balthasar Neumann, a pedido dos príncipes-bispos. Tem mais de 300 salas, uma igreja e, nas escadas, podemos ver o maior fresco de teto do mundo, pintado pelo artista veneziano Giovanni Battista Tiepolo.

À entrada dos jardins interiores encontra-se uma estela que assinala o ponto inicial e o ponto final da Rota Romântica.

A cave da residência alberga uma das maiores e mais antigas propriedades vinícolas da Alemanha, a “Staatlicher Hofkeller”. As históricas abóbadas oferecem espaço para cerca de 1,4 milhões de litros de vinho.

Designamos a residência como “o Castelo dos Castelos” e Napoleão, que esteve aqui duas vezes, considerou-a como o maior presbitério da Europa. À frente da residência encontramos a Fonte da Francónia. A padroeira dos Francos domina três estátuas de bronze que representam personalidades importantes da cidade:

o trovador Walther von der Vogelweide, sepultado aqui em Würzburgo; o escultor Tilman Riemenschneider e o pintor Matthias Nithart Grünewald.

A residência está classificada como Património da Humanidade da UNESCO desde 1982.

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Residência Würzburg Património cultural da UNESCO

O WC encontra-se na área das caixas e na entrada para o pátio com jardim, do lado esquerdo da residência. É também aí que se inicia oficialmente a "Romantische Straße" sob a forma de uma estela. A entrada para o pátio real com jardim é gratuita.

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Würzburgo é o ponto de partida da Rota Romântica, inaugurada em 1950 para ligar o rio Meno e os Alpes Bávaros. A Rota Romântica é a rota de férias mais conhecida e mais popular da Alemanha. Sucede ao “Itinerário de Férias Alemão Número Um”, sendo assim o itinerário de férias mais antigos do mundo.

Würzburgo encontra-se nas margens do rio Meno. O rio Meno tem nasce na Fichtelgebirge na Alta Francónia e desagua no rio Reno, perto da cidade de Mainz. Tem uma extensão de cerca de 500 km. Nas margens do Meno é cultivado o “Frankenwein”, um vinho branco seco engarrafado numa garrafa especial, a “Bocksbeutel”. Este vinho, juntamente com o vinho da região da Francónia do vale de Tauber, são os únicos que, há quase 300 anos, podem ser engarrafados nestas garrafas.

De maio a outubro, são organizadas muitas festas do vinho nesta zona. A Francónia é, hoje em dia, uma das regiões vinícolas mais pequenas, mas mais prestigiadas da Alemanha.

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A viagem prossegue pelos férteis planaltos do rio Meno. Nesta zona cultivam-se muitos cereais, principalmente beterraba. Em Ochsenfurt, localidade situada aqui perto, encontra-se uma das maiores refinarias de açúcar da Alemanha.

A pequena localidade de Giebelstadt foi uma importante base aérea militar na Segunda Guerra Mundial, tornando-se, após a guerra, uma base aérea do exército americano. Hoje em dia, o aeródromo é utilizado por civis.

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Estamos agora a chegar ao vale de Tauber.

Enquanto o vale do Meno é principalmente conhecido pelos seus vinhos brancos, o vale de Tauber é a zona onde se cultivam os vinhos tintos da Francónia, como, por exemplo, o “Tauberschwarz”, que só cresce aqui na Rota Romântica, e o “Schwarzriesling”. A primeira cidade onde chegamos é Bad Mergentheim, cidade com 22 500 habitantes.

É atualmente a cidade termal da Rota Romântica, tendo-se tornado, ao longo dos últimos 20 anos, um dos centros para diabéticos mais importantes da Alemanha. As fontes de Bad Mergentheim já eram conhecidas nos tempos dos Romanos, mas ficaram enterradas durante quase 2000 anos. Em 1826, um pastor redescobriu estas fontes, levando a que o turismo termal se começasse a desenvolver.

Entre 1525 e 1809, a cidade foi residência dos grão-mestres da Ordem Teutónica. Em 1128, esta Ordem de Enfermaria e de Cavalaria foi criada em Jerusalém para acompanhar os peregrinos alemães.

Após o colapso do reino de Jerusalém, os peregrinos regressaram para combater os Eslavos. Conquistaram a Prússia e os países bálticos e, em 1525, a conselho de Lutero, foram estabelecidos os princípios religiosos e as possessões foram transformadas num principado. Assim nasceram os estados prussianos. Alguns peregrinos, que se mantiveram fiéis aos católicos, tinham regressado a Mergentheim. Em 1809, a Ordem foi então expropriada por Napoleão.

Aqui perto encontra-se o parque selvagem de Bad Mergentheim, que alberga cerca de 70 espécies animais em 35 hectares, entre as quais a maior alcateia de lobos da Europa, composta por cerca de 30 animais. Recomendamos uma visita especialmente durante as horas em que os animais são alimentados.

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O vale de Tauber chegou a ser, outrora, uma região vinícola importante, continuando, hoje em dia, a cultivar-se muito vinho nesta área. Na parte do vale de

Tauber pertencente à Francónia, este vinho também pode ser engarrafado nas já mencionadas “Bocksbeutel” típicas desta região. As áreas conhecidas para o cultivo de vinho são Tauberbischofsheim, Beckstein e Markelsheim.

Há quase 300 anos que a “Bocksbeutel” é a garrafa típica onde se engarrafa o vinho franconio. Mas há já muito mais tempo que esta forma de garrafa é utilizada. Foi muito provavelmente inspirada nos cantis que, por motivos práticos, eram concebidos de forma a serem planos, por um lado para facilitar o seu transporte nas bagagens ou no corpo e, por outro lado, para que a garrafa não pudesse rolar em terrenos inclinados. A capacidade normal de uma “Bocksbeutel” é de 0,75 l, o que equivale a três quartilhos de vinho.

Temos a bordo uma pequena “Bocksbeutel” engarrafada especialmente para os nossos visitantes, que poderá obter junto do motorista.

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A nossa próxima paragem é a pequena localidade de Weikersheim.

O castelo do Renascimento foi erigido em 1600, a partir de um castelo pertencente à Casa Hohenlohe. No salão de armas, realizam-se, no verão, concertos da orquestra de jovens “Jeunesse Musicale”. Também a capela do castelo serve de palco para espetáculos musicais e no castelo realizam-se óperas. O parque do castelo é também ele digno de menção. Criado em 1709, é um dos mais bonitos jardins barrocos da Alemanha. Este palácio pertenceu até 1967 aos príncipes de Hohenlohe. Hoje em dia, pertence ao estado do Bade-Vurtemberga.

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Weikersheim: Praça do mercado

É disponibilizada uma visita guiada pelo castelo e pelo jardim do mesmo pelo preço especial. Padaria junto à paragem. WC no pátio do castelo e atrás da Câmara Municipal sujeito ao pagamento de uma taxa.

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Estamos agora a atravessar a pequena localidade de Röttingen, um antigo vinhedo situado no lindo vale de Tauber. A bandeira da Europa no edifício barroco da Câmara Municipal lembra que esta localidade foi, em 1953, declarada como a primeira Cidade da Europa na Alemanha. São designadas por Cidades da Europa todas as cidades que contribuíram para o entendimento europeu. Em Röttingen, o primeiro a contribuir para este entendimento foi o tradutor Elmar Düll.

Uma das atrações de Röttingen é o caminho do relógio solar, com uma extensão de 2 quilómetros, ao longo do qual se podem descobrir muitas informações sobre a tradição e o modo de funcionamento deste “indicador de hora”. Os gregos da Antiguidade chamavam ao mostrador de sombras o “Gnomon”. Tratava-se de uma haste que se introduzia na terra na vertical. Os mais variados tipos de relógios solares orlam o caminho.

Nos arredores desta localidade encontra-se a empresa Eibe, que cria equipamentos para parques infantis, como, por exemplo, escorregas, estruturas para trepar , etc., exportando-os para o mundo inteiro.

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A próxima localidade no nosso percurso pela Rota Romântica é Creglingen. A localidade de Creglingen foi fundada pelos Alamanos, tendo hoje em dia um centro histórico cheio de caráter, como podemos ver pelos restos das muralhas da cidade, pelo antigo castelo e por vários edifícios com fachada de treliças. Mas a atração a não perder em Creglingen é o altar da Nossa Senhora situado na igreja “Herrgottskirche”, erigido por Tilman Riemenschneider entre 1505 e 1510. Este altar surgiu nos arredores próximos da cidade, no local onde um camponês encontrou uma hóstia intacta ao lavrar a terra. No ponto onde foi encontrado este milagre eucarístico, os senhores de Brauneck mandaram construir, em 1390, uma capela que se viria a tornar uma igreja de peregrinação muito visitada na Baixa Idade Média. O altar da Nossa Senhora tem uma altura de 7 metros e o painel central mostra Maria a ser levada para o céu pelos anjos. Por baixo dela encontram-se os apóstolos. As laterais mostram cenas da vida de Nossa Senhora.

Outras atrações desta pequena cidade são o Museu de Dedaleiras de Creglingen e o Museu Judaico.

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Estamos agora a caminho da pequena cidade de Dettwang, conhecida por ter um altar esculpido por Tilman Riemenschneider na pequena e antiga igreja fortificada.

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A nossa próxima paragem é um dos pontos-altos da Rota Romântica, ou seja, a cidade medieval de Rothenburg ob der Tauber.

Hoje em dia, a cidade tem cerca de 12 000 habitantes, o epíteto ob der Tauber indica que a cidade se eleva sobre o rio Tauber, cuja nascente se encontra no planalto da Francónia.

A “Lenda do Meistertrunk” é um ponto particularmente impressionante da longa história desta antiga Cidade Imperial Livre!

Durante a Guerra dos 30 Anos, Rothenburg pertencia à União Evangélica. Em finais de outubro de 1631, o general Graf von Tilly cercou a cidade com 60 000 experientes soldados. Após três dias, a cidade caiu nas suas mãos. Os soldados pilharam os conselheiros municipais, que foram condenados à morte por espada. A cidade iria ser destruída. Em tal situação, foi oferecido a Tilly um cântaro com 3,25 litros de vinho. Ele ficou mais bem disposto e prometeu poupar a cidade se um dos conselheiros bebesse, de uma golada só, os 3,25 litros de vinho. O antigo prefeito da cidade, Georg Nusch, aceitou o desafio e conseguiu esvaziar o cântaro. Após este acontecimento, Georg Nusch viveu mais 37 anos e morreu octogenário. Tilly cumpriu a sua promessa e poupou a cidade e os conselheiros.

É possível assistir à representação do “Meistertrunk”. Na taberna dos conselheiros virada para a praça do mercado, hoje em dia transformada em posto de informação turística, abrem-se duas janelas do lado esquerdo e direito do relógio, e podemos ver as representações de Tilly e Nusch, o lendário “Meistertrunk”, de hora em hora (à hora certa), das 11 horas às 15 horas, e à noite, às 21 horas e às 22 horas.

Rothenburg foi destruída a 40% na Segunda Guerra Mundial. Felizmente, o alto comissário americano John Jay Mc Cloy, que recordava Rothenburg de uma imagem que existia em casa da mãe, teve pena da cidade e impediu mais ataques aéreos. Mais tarde, viria a ser condecorado com a Cruz Federal de Mérito.

Em Rothenburg, o ambiente de Natal está presente durante o ano inteiro. Na aldeia de Natal de Käthe Wohlfahrt, que alberga um Museu de Natal, os 30 000 artigos festivos despertam a vontade para o próximo inverno. Pirâmides, arcos luminosos, homenzinhos fumadores, quebra-nozes, bolas, estrelas, cabelos de anjo levam a que visitantes de todo o mundo se aglomerem durante o ano inteiro debaixo do confortável brilho das luzes, numa alegria antecipada, e vivenciem com autenticidade a forma como se festeja o Natal na Alemanha.

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À nossa frente encontra-se agora a pequena cidade de Schillingsfürst, na escarpa do planalto da Francónia junto ao vale de Wörnitz e de Tauber, sobre a qual se eleva a antiga e poderosa residência oficial dos príncipes de Hohenlohe, erigida entre 1705 e 1740. Tem 70 salas com 365 janelas.

Depois de o palácio em Schillingsfürst ser construído no ponto mais alto da cidade, foi necessário garantir o abastecimento de água com a força dos músculos. Isto foi permitido pelo sistema de fornecimento de água acionado por bois concebido em 1702 e utilizado durante mais de 200 anos. Era possível transportar 2400 litros de água por hora. Hoje em dia, é possível ver o sistema de fornecimento de água acionado por bois no museu “Brunnenhausmuseum”.

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Atravessamos agora o planalto da Francónia, com altitude máxima de 550 m, que forma aqui uma linha de separação das águas: a sul, os rios desaguam no rio Wörnitz, no Danúbio e no mar Negro; a norte, desaguam no rio Tauber, no Meno, no Reno e no mar do Norte.

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Estamos agora a chegar à pequena cidade que foi mencionada, pela primeira vez, em documentos do ano de 817, Feuchtwangen, o que faz dela portanto uma das mais antigas localidades da Rota Romântica. Reza a lenda que o imperador Carlos Magno se perdeu na floresta enquanto caçava, tendo construído um mosteiro como agradecimento pela sua milagrosa salvação. Terá sido um pombo a mostrar-lhe o caminho certo.

No ano de 1241, Feuchtwangen tornou-se uma Cidade Imperial Livre. A independência da cidade acabou com o penhor ao burgrave de Nuremberga no ano de 1376. Na Guerra dos Trinta Anos entre 1618 e 1648, a cidade foi repetidamente saqueada. Desde o ano de 1949 que se realiza em Feuchtwangen, entre maio e agosto, um festival de teatro no claustro. Otto Kindler, primeiro intendente do festival de teatro no claustro e também um dos fundadores da Rota Romântica, criou o festival.

No centro da cidade encontra-se o emblema da cidade, a colegiada construída no século XIII, que alberga um claustro românico. Junto à colegiada encontra-se o “Café am Kreuzgang”, que atrai os visitantes com tortas, chocolates e produtos de confeitaria. Trata-se de um dos cafés mais antigos e tradicionais da Rota Romântica.

Desde o ano 2000, um dos nove casinos bávaros encontra-se em Feuchtwangen. Neste casino de dois andares, os visitantes podem optar pelos jogos de azar clássicos ou pelas máquinas de slot. Trata-se do segundo casino mais visitado da Baviera.

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Encontramo-nos agora diante da antiga Cidade Imperial Livre de Dinkelsbühl

A cidade foi fundada há mais de 1000 anos por um camponês (produtor de espelta), tendo sido mencionada já no ano de 928. O nome significa monte de cereais. No século XII, Barbarossa ofereceu a cidade ao filho como prenda de casamento, tendo Conrado construído as muralhas da cidade.

Na Guerra dos Trinta Anos, a cidade foi salva por crianças. Dinkelsbühl era uma cidade católica e tinha de ser destruída. As crianças, lideradas pela filha do guardião Lore, opuseram-se ao tenente sueco Sperreuth. Este tinha, pouco tempo antes, perdido o seu filho, ainda criança, e quando viu as crianças, não teve coragem de destruir a cidade. Dinkelsbühl festeja esta salvação todos os anos, em julho, com o “Kinderzeche” (cortejo e festa de crianças).

O emblema da cidade é Catedral São Jorge, uma das maiores igrejas-salão do final do período gótico na Alemanha do Sul. Diante da igreja encontra-se o memorial de Christoph Schmidt, que compôs a conhecida canção de Natal alemã “Ihr Kinderlein kommet” (Que venham as crianças).

A região que se estende ao longo do rio Wörnitz é conhecida pelo cultivo de carpas e por ser o habitat de inúmeras cegonhas. Podemos ver os seus ninhos sobre os telhados das Câmaras Municipais de Nördlingen, Dinkelsbühl e Feuchtwangen.

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A Rota Romântica atravessa agora o Limes, o antigo muro de delimitação do Império Romano. A partir daqui e até Füssen, a Rota Romântica segue o traçado da antiga rota romana do comércio, a Via Claudia Augusta. O troço tem mais de 2000 anos.

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Atravessamos agora o paralelo 49, onde nos encontramos ao mesmo nível de Karlsruhe, Paris, da fronteira Norte dos EUA e da Mongólia. É a fronteira entre a Média Francónia e a Suávia.

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No sopé da colina que se encontra à nossa frente encontra-se a pequena cidade de Wallerstein. O emblema da cidade é o castelo dos príncipes de Öttingen-Wallerstein, uma família nobre proprietária de 4 castelos e da cervejaria local (uma das 1600 cervejarias da Baviera que asseguram um quarto da produção mundial de cerveja).

No meio da rua principal encontra-se uma coluna da peste, erigida como agradecimento pelo fim de uma grande epidemia de peste no ano de 1720. As amolgadelas da coluna simbolizam os bubões da peste. À volta da coluna, podemos ver os três santos que ajudaram a combater a peste negra, Santo António, São Roque e São Sebastião, por cima da coluna encontra a Nossa Senhora. A coluna é uma cópia da Coluna da Peste em Viena.

Wallerstein é também o local onde é produzida a cerveja Zwickelbier da Rota Romântica. Este cerveja é produzida na Fürstliche Brauerei Öttingen-Wallerstein. Trata-se de uma “Kellerbier” loira não filtrada, de fermentação leve e com sabor encorpado. Claro que pode provar esta cerveja especialmente produzida para nós na camioneta, ou comprá-la como lembrança.

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É possível vermos já ao longe o emblema de Nördlingen: o campanário de 90 metros de altura, designado por Daniel, com 365 degraus. Do topo e com céu limpo, é possível ver 99 torres de igreja.

A cidade foi pela primeira vez mencionada em 898, como domínio real carolíngio. Desde 1219 que se realiza, durante 10 dias, a feira do Pentecoste que, na Idade Média, era a mais importante feira do comércio de longa distância da Alemanha. As muralhas à volta da cidade, construídas no século XIV e reforçadas nos séculos XVI e XVII, têm 5 portões, 11 torres e dois bastiões, distribuídos por uma extensão de um pouco menos de 5 km.

Hoje em dia, Nördlingen é, depois de Rothenburg e Dinkelsbühl, a terceira cidade mais bem preservada da Rota Romântica.

Antigamente, os guardiões das torres eram os sinos de aviso dos habitantes. Hoje em dia, já só existem duas torres regularmente ocupadas na Alemanha. Uma encontra-se em Münster, a outra é a “Daniel” em Nördlingen. O andar mais alto alberga o quarto da torre, com cama, forno, casa de banho e kitchenette. Junto aos dois guardiões, o gato “Wendelstein” tornou-se uma celebridade mundial. Apareceu lá um dia e deixou-se lá ficar desde então. E porque ele assusta os pombos que sujam a cidade, quem lhe paga a ração é a cidade de Nördlingen.

A nossa camioneta irá parar junto à histórica Câmara Municipal da cidade, a uns passos da impressionante Igreja de São Jorge. Aproveite a nossa breve paragem para visitar uma das principais obras góticas da Alemanha do Sul.

Outra atração turística de Nördlingen é o antigo depósito dos caminhos de ferro. O Museu dos caminhos de ferro da Baviera tem lá expostos mais de 100 veículos originais – uma delícia para todos os fãs de locomotivas!

Nos fins de semana de abril a outubro, é possível circular na linha ferroviária romântica de Nördlingen a Feuchtwangen, passando por Dinkelsbühl.

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Se olharmos agora à nossa volta, podemos ver que nos encontramos numa bacia circular, rodeada por montanhas, o Nördlinger Ries. O Ries é uma bacia circular com cerca de 25 km de diâmetro, circundada pela parte das montanhas do Jura situada na Francónia e na Suávia. Num primeiro momento, pensou-se que esta cratera tivesse surgida devido a uma explosão do subsolo. Os cientistas japoneses e americanos vieram então explorar a região e, em agosto de 1970, os astronautas do Apollo 14 e 17 participaram num treino nas pedreiras do Jura. Em 1973, a cratera foi investigada pelos cientistas do Instituto Max Planck de Munique, chegando-se à conclusão que a cratera tinha surgida devido à queda de um meteorito há 15 milhões de anos.

Chegou a existir aqui um lago. Hoje em dia, a cratera é uma zona muito fértil, sendo considerada como o pequeno celeiro da Baviera. Cresce aqui centeio, cevada, trigo, batata, milho, beterraba forrageira e beterraba. Também se encontravam aqui pequenas povoações na Idade de Pedra. Recentemente, foram encontrados crânios com 13 000 anos.

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No cimo do vale do Wörnitz vemos o poderoso castelo HARBURG que, entre os séculos XII e XVIII, foi erguido sobre a abertura importante em termos estratégicos criada pelas montanhas do Jura no Wörnitz. O castelo era originariamente propriedade dos Staufer, passando a pertencer, a partir de 1295, aos condes de Öttingen e, posteriormente, aos príncipes de Öttingen-Wallerstein. Hoje em dia, o castelo alberga um museu onde se podem admirar, entre outros trabalhos, obras dos dois grandes escultores Veit Stoß e Tilman Riemenschneider. Até fevereiro de 1980, a maior biblioteca privada da Alemanha encontrava-se aqui, com mais de 140 000 volumes. No entanto, antes de eles serem vendidos à América, o Estado Livre da Baviera comprou-os por 22 milhões de euros. Os volumes pertencem agora à biblioteca pública de Munique.

Mas a poderosa cidade de Harburg não é apenas uma atração turística. Juntamente com a Capela de São Coloman junto a Schwangau, o castelo Harburg é um dos mais populares locais para casar na “Rota dos Casais Apaixonados”, nome que estava inicialmente pensado para a Rota Romântica.

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A próxima cidade da Rota Romântica pela qual vamos passar é Donauwörth. É possível avistarmos as duas igrejas já de longe. Uma delas é a igreja paroquial gótica do século XV em cuja torre se encontra um dos sinos mais pesados da Baviera. Este sino data de 1512, tem 6,5 toneladas e é conhecido pelo nome de “Pummerin”. A Igreja da Santa Cruz, do século XVIII e flanqueada de uma torre amarela, alberga o túmulo de Maria de Brabante, decapitada em 1256 a mando do seu marido – o duque Luís da Baviera – por alegado adultério. Depois de se concluir, posteriormente, que ela não era culpada, o duque Luís da Baviera ergueu este mosteiro como expiação.

Aqui, no local onde o rio Wörnitz desagua no Danúbio, surgiu, logo no século V, na época das invasões bárbaras, uma primeira povoação de pescadores e de barqueiros, junto a um vau. Donauwörth é também designada pela cidade das pontes com 1000 anos. Há 1000 anos, foi construída a primeira ponte que acabou por ser destruída 30 vezes por cheias e guerras.

A construção de pontes permitiu à localidade ganhar importância e transformar-se em cidade. Era um ponto importante da rota europeia do comércio entre a Noruega e Itália, que também passava por Nuremberga e Augsburgo. Os reis e os imperadores sabiam desta importância estratégica, pelo que a cidade recebeu direitos de mercado, de cunhagem de moeda e direitos aduaneiros, tornando-se uma praça de comércio principalmente para o sal. Quando os imperadores e os reis precisaram de dinheiro, a cidade foi vendida aos duques da Baviera e à família Fugger de Augsburgo, apesar do seu estatuto de Cidade Imperial Livre.

Donauwörth é a cidade onde nasceu Käthe Kruse, que inventou as bonecas que viriam a ser batizadas com o seu nome. Conforme muitas vezes acontece, no início de uma invenção genial encontra-se uma necessidade pessoal. Neste caso, a filha de Käthe Kruse queria desesperadamente uma boneca no Natal de 1905. Por isso, Käthe Kruse desenhou o protótipo do “Sandbaby” que rapidamente se veio a tornar num campeão de vendas. Há muito tempo que as bonecas Käthe Kruse são peças cobiçadas por colecionadores, sendo negociadas a preços exorbitantes.

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Junto a Donauwörth, atravessamos agora o Danúbio, o segundo maior rio da Europa Central, com uma extensão de quase 3000 km. Nasce junto a Donaueschingen, na Floresta Negra, passando então por 10 países e 4 capitais: Viena, Budapeste, Bratislava e Belgrado para então desaguar no mar Negro. Não longe daqui, perto de Rain, o rio Lech desagua no Danúbio.

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As energias renováveis são um tema importantíssimo na política energética alemã. Os acidentes nucleares dos últimos anos, mas especialmente a tragédia de Fukushima, motivaram uma profunda reflexão na Alemanha. É por este motivo que, ao longo da nossa viagem entre o rio Meno e os Alpes, passamos continuamente por unidades de

produção de biogás, painéis solares e turbinas eólicas. Não podemos ficar admirados se, em vez de passarmos por vacas, passarmos por inúmeros campos de milho porque o milho é aproveitado para a produção de energia alternativa.

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Perto de Gablingen, estamos a passar junto a uma instalação que antigamente servia de sistema de aviso precoce de mísseis para os Americanos.

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O nosso próximo destino é, com 265 000 habitantes, a terceira maior cidade da Baviera: Augsburgo.

A cidade foi construída no ano 15 a.C. pelo imperador Augusto. Durante 450 anos, Augusta Vindelicorum foi a capital da província romana de Récia. Por isso, não é admirar que Augsburgo seja a segunda cidade mais antiga da Alemanha, a seguir a Trier. Augsburgo foi Cidade Imperial Livre durante 500 anos e cidade episcopal durante 1200 anos. Tem uma universidade desde 1970.

No século XVI, Augsburgo era a cidade mais rica do mundo devido a duas famílias: os Welser e os Fugger. Os Welser eram comerciantes que enviavam navios para a América. Os Fugger enriqueceram primeiro com a fiação e a tecelagem, tornando-se então banqueiros de monarcas, duques e bispos.

Jacob Fugger, conhecido por Jacob, o Rico, criou em 1519 o mais antigo bairro social do mundo, a “Fuggerei”. Trata-se de uma cidade dentro da cidade, com igreja e escola, 53 casas com 106 apartamentos alugados por 0,88 € ao ano. No entanto, para ter acesso a estas habitações, é necessário ter nascido em Augsburgo, ser católico, pobre e casado, e ter boa reputação. Os habitantes da “Fuggerei” têm de estar em casa às 22 horas. Quem chega mais tarde tem de pagar uma coima de 50 cêntimos. Atualmente, os visitantes podem ficar a saber mais sobre estas duas influentes dinastias do comércio no museu interativo “Fugger- und Welser-Erlebnismuseum”.

Augsburgo é a cidade onde nasceram várias celebridades: nasceram aqui dois pintores da Idade Média, Hans Holbein, o Velho e Hans Holbein, o Jovem; Leopold Mozart, o pai de Wolfgang Amadeus Mozart; Rudolf Diesel, que inventou em 1892 o motor Diesel e os aperfeiçoou com as fábricas da MAN; e Berthold Brecht, um dos escritores mais conhecidos do século XX.

Até agora, existem três Patrimónios da Humanidade da UNESCO na Rota Romântica: a residência dos príncipes-bispos em Würzburgo, o Limes junto a Dinkelsbühl e a igreja “Wieskirche” em Pfaffenwinkel. A rede de canais construída no ano de 1642 em Augsburgo, abastecida pelo rio Lech, e os castelos do rei Luís II da Baviera candidataram-se a fazer parte desta lista da UNESCO.

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Estamos a passar por Friedberg onde, em 1257, o duque Luís da Baviera, da família Wittelsbach, mandou construir um castelo. Sob a proteção do castelo surgiu então a cidade. A criação da cidade foi principalmente motivada pelo comércio do sal, que trazia consideráveis direitos aduaneiros.

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Os nazis construíram o primeiro campo de concentração do Terceiro Reich em Dachau, às portas de Munique. São conhecidas as experiências médicas que aqui se conduziam nas vítimas indefesas. Mais de 6 milhões de pessoas foram assassinadas pelos nazis ao longo destes doze anos de terror, nomeadamente judeus, ciganos, homossexuais, opositores políticos e dissidentes.

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Estamos agora a atravessar o canal de Nymphenburg, atrás do qual pode ver a encantadora localização do Palácio de Nymphenburg.

Este palácio foi erigido em 1664 como residência de verão, tendo sido ampliado em 1715. Vale sem dúvida a pena ver a Galeria das Preciosidades do rei Luís I da Baviera, grande apreciador de arte. No ano de 1848, teve de abdicar do trono devido ao seu caso amoroso com a dançarina Lola Montez. Foi aqui que o rei Luís II da Baviera nasceu, a 25 de agosto de 1845.

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Esta autoestrada leva-nos agora à capital da Baviera: Munique.

Esta cidade com 1,3 milhão de habitantes foi outrora fundada por monges beneditinos. Atualmente, um monge continua a enfeitar o brasão de Munique. Munique deve indubitavelmente a sua reputação aos reis bávaros.

O mais conhecido foi o rei Luís II da Baviera, também conhecido pelo Rei dos Contos de Fada. Nasceu em 25-08-1845 no Palácio de Nymphenburg, tendo encontrado a morte em 13-06-1886 no lago de Starnberg. Era o senhor do Castelo de Neuschwanstein e dos Palácios de Linderhof e Herrenchiemsee.

Retirou-se para o seu próprio mundo, manifestando um interesse reduzido pelos assuntos gerais do estado. Chamou Richard Wagner à sua residência por quatro ocasiões, para que ele tocasse as suas óperas.

O último rei da Baviera, Luís III da Baviera, abdicou no ano de 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial.

Em 1920, o Partido Nacional-Socialista inaugurou a sua sede em Munique. Depois de um início sem êxito, Hitler foi detido, começando a reorganizar o partido após a sua libertação.

Após 66 bombardeamentos durante a Segunda Guerra Mundial, mais de 10 000 edifícios ficaram destruídos. O número de habitantes caiu de 840 000 para 409 000.

Hoje em dia, Munique é a terceira maior cidade da Alemanha, após Berlim e Hamburgo, e antes de Francoforte e Colónia. Munique lidera o setor do comércio e do têxtil, sendo um importante centro industrial.

A vida em Munique é diferente da vida noutras cidades da Alemanha. Os Bávaros são muito apegados às tradições, adoram o Carnaval e a Festa da Cerveja. Durante a Festa da Cerveja, a cidade recebe mais de 6,4 milhões de visitantes. Durante o evento, bebem- se 6,7 milhões de litros de cerveja e comem-se 114 vacas e 58 vitelos.

Outros pratos especiais são as salsichas brancas (Weißwurst), os Knödel e carne assada de porco e de vaca. A cervejaria mais conhecida é a Hofbräuhaus.

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Caras senhoras e caros senhores, estimados passageiros, aproximamo-nos da nossa última paragem e gostaríamos agora de nos despedir em nome de toda a equipa da Rota Romântica e de lhes agradecer por esta viagem com a camioneta da Rota Romântica. Ao abandonar a veículo, assegure-se de não deixar bagagens ou objetos pessoais na camioneta.

Agradecemos-lhe a sua confiança nos nossos serviços para percorrer a Rota Romântica. Se levar nas suas bagagens muitas recordações da sua viagem, agradecemos que relate as suas experiências a amigos e conhecidos, e recomende os nossos serviços. Caso tenha críticas, sugestões e propostas de melhoria, agradecemos que entre em contacto connosco. A sua opinião é muito importante para nós.

Estamos ansiosos por conhecer as suas impressões sobre a viagem e esperamos que as partilhe nas nossas páginas do Facebook.

Até breve!

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